terça-feira, 23 de agosto de 2011

Desejo, mais saudade

Hoje lembrei que todas as noites você colocava essência no difusor, e deixava o quarto ainda mais gostoso pra dormir.

Saudade da concha.

domingo, 21 de agosto de 2011

Desejo, quando

Ah se você soubesse quantas frases não ditas e desejos não expressados caberiam no abraço que meu peito pede aos meus braços que te envolvam e não te deixem mais partir.

Desejo, afinal

E mesmo com a remota (e utópica) possibilidade de voltar no tempo e corrigir erros, começou a escrever, e mesmo que mentalmente, uma lista que parecia sem fim, mas era cheia de boas intenções.

E chegava a sufocar de tanta saudade, porque afinal, tudo ainda era muito real e muito verdadeiro, apesar de não ser mais dois.

domingo, 7 de agosto de 2011

Domingo de novo

Que bom que passa. Já cicatrizado do golpe, vou ali brincar de viver.

De onde quer que tenha vindo, obrigado força que fez brilhar o sorriso em meu rosto.

O golpe que o domingo desfere

É inevitável: principalmente quando me descuido.

Se baixo a guarda e tiro o escudo d'alma, ele chega e golpeia, como samurai e sua espada, deixando um corte superficialmente profundo.

Pele e a alma feridas, marcadas com a palavra 'saudade'.

Mas tem de se seguir. Há de chegar um domingo sem samurai, sem escudo e sem saudade pra açoitar.

E o sol me traz o sorriso que eu pensei ter deixado esquecido em algum lugar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu te amei

E ainda amo. Mas não é mais amor de estar junto, e conseguir explicar é utopia que nem mesmo se explica.

A cada dia morro um pouco por saber da dor que tudo isso traz, eu não queria deixar uma marca sequer no seu coração que não fosse de amor, de felicidade.

Sei que é pedir muito, mas me faça uma gentileza: tape cada ferida com lembranças de tudo o que vivemos de bom. Cada lembrança deve ser um curativo pra cada ferida. A gente foi muito feliz, tenho certeza que todas as recordações de alegria conseguirão fechar os machucados.

Trouxe aquela fontezinha pro meu trabalho. É a paz que você me trazia agora mais perto de mim.

O escapulário precisa de outra solda. Quebrou. Paciência. Ele nunca saiu da minha mochila, ia comigo pra cima e pra baixo. Quando consertar, volta pro pescoço.

Por que estou escrevendo, ao invés de te dizer isso tudo? Se eu ouvir sua voz, corro o risco de não conseguir respirar no segundo do seu "oi". E preciso estar vivo, e te deixar bem, pra gente seguir em frente e superar isso tudo, pra ser feliz de novo.

De todas essas luas (foram 755 delas) não houve uma em que eu tenha deixado de te amar. Mas deixei de me amar em muitas, pra poder amar a gente. Preciso aprender a parar com isso, pra não machucar mais ninguém e não me machucar.

Fica bem, a gente vai voltar a ser feliz.