segunda-feira, 25 de julho de 2011

Ombros mais fortes

Eu sei. O caminho não é pedir cargas mais leves, e sim ombros mais fortes.

Mas quero pedir pra só um pouquinho pegar mais leve comigo.

Eu tenho duas gerências para tocar, expectativas de duas diretorias e duas presidências para administrar, uma conta bancária que não consegue muito se manter estável, uma preocupação eterna com o bem estar do mundo, prazos e muita pressão para cumpri-los, além dos pedaços de um coração, que estou tentando juntar.

Grato pela compreensão.

sábado, 23 de julho de 2011

Metade ou parte

É, hoje você não vai me reconhecer mesmo: eu que pensava estar inteiro, me arrancaram uma parte da alma. Ela volta, ferida, mas volta.

Vou chorar um pouquinho, tá. Mas daqui a pouco, eu volto a ser eu. Diferente, porque a gente nunca volta do jeito que foi. Mas voltarei eu.

Em dias assim, lembro da grande Clarice Lispector: "Eu não sou sempre assim triste. É que hoje eu estou cansada". Um eufemismo pra acalmar a alma.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

A saudade

Saudade é um negocin que dói. Não faz barulho; em compensação o estrago...

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Um momento de hoje

Hoje é um dia daqueles, que dá vontade de fazer nada, que nem acendendo a luz e afastando os móveis, dá pra encontrar forças pra seguir andando.

Se pudesse, hoje eu queria não atender o telefone, nem ter que sorrir pra quem passa e me olha como se eu fosse uma fortaleza inabalável.

Queria ficar no meu canto, me olhando de onde eu quisesse, de onde eu mais me sentisse bem. Queria parar o tempo dentro do meu apartamento, me entregar pro abraço do meu edredon, me apoiar no ombro do meu tavesseiro e conversar com aquele livreto, que tem a página 15 meio rasgada.

Passa logo, dia...

Eu sei que tem um monte de coisa aí fora que exige que eu esteja de pé, sorrindo, entregando uma força que nem se eu quisesse, hoje teria como encontrar. Por isso estou aqui. Parei um pouquinho pra respirar, e me sentir, e me entregar.

Enquanto tudo isso em volta acontece, eu vou contando pro meu coração que vai ficar tudo bem. Que ele só precisa ter um pouquinho mais de paciência, porque essa ferida vai fechar, e que eu vou ajudar ele a não se machucar de novo, apesar de saber que essa tarefa é tão complicada quanto entregar a ele a paz que lhe concerne.

Eu vou tentar. E se não conseguir, eu tento de novo. É por isso que vivo.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Vazio

Era pra ser um estado, dotado de espaço
Mas se um deixa, fica tão cheio que sufoca o peito
E machuca a alma, e fere os sentidos

O vazio não significa ausência
É a permanência do que mais se teme
E falha a voz pra mandar embora

Seja feliz, apenas