E ainda amo. Mas não é mais amor de estar junto, e conseguir explicar é utopia que nem mesmo se explica.
A cada dia morro um pouco por saber da dor que tudo isso traz, eu não queria deixar uma marca sequer no seu coração que não fosse de amor, de felicidade.
Sei que é pedir muito, mas me faça uma gentileza: tape cada ferida com lembranças de tudo o que vivemos de bom. Cada lembrança deve ser um curativo pra cada ferida. A gente foi muito feliz, tenho certeza que todas as recordações de alegria conseguirão fechar os machucados.
Trouxe aquela fontezinha pro meu trabalho. É a paz que você me trazia agora mais perto de mim.
O escapulário precisa de outra solda. Quebrou. Paciência. Ele nunca saiu da minha mochila, ia comigo pra cima e pra baixo. Quando consertar, volta pro pescoço.
Por que estou escrevendo, ao invés de te dizer isso tudo? Se eu ouvir sua voz, corro o risco de não conseguir respirar no segundo do seu "oi". E preciso estar vivo, e te deixar bem, pra gente seguir em frente e superar isso tudo, pra ser feliz de novo.
De todas essas luas (foram 755 delas) não houve uma em que eu tenha deixado de te amar. Mas deixei de me amar em muitas, pra poder amar a gente. Preciso aprender a parar com isso, pra não machucar mais ninguém e não me machucar.
Fica bem, a gente vai voltar a ser feliz.
Solidão é lava
ResponderExcluirQue cobre tudo
Amargura em minha boca
Sorri seus dentes de chumbo
Solidão, palavra
Cavada no coração
Resignado e mudo
No compasso da desilusão
Desilusão, desilusão
Danço eu, dança você
Na dança da solidão
Quando vem a madrugada
Meu pensamento vagueia
Corro os dedos na viola
Contemplando a lua cheia
Apesar de tudo existe
Uma fonte de água pura
Quem beber daquela água
Não terá mais amargura