segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Eu te amei

E ainda amo. Mas não é mais amor de estar junto, e conseguir explicar é utopia que nem mesmo se explica.

A cada dia morro um pouco por saber da dor que tudo isso traz, eu não queria deixar uma marca sequer no seu coração que não fosse de amor, de felicidade.

Sei que é pedir muito, mas me faça uma gentileza: tape cada ferida com lembranças de tudo o que vivemos de bom. Cada lembrança deve ser um curativo pra cada ferida. A gente foi muito feliz, tenho certeza que todas as recordações de alegria conseguirão fechar os machucados.

Trouxe aquela fontezinha pro meu trabalho. É a paz que você me trazia agora mais perto de mim.

O escapulário precisa de outra solda. Quebrou. Paciência. Ele nunca saiu da minha mochila, ia comigo pra cima e pra baixo. Quando consertar, volta pro pescoço.

Por que estou escrevendo, ao invés de te dizer isso tudo? Se eu ouvir sua voz, corro o risco de não conseguir respirar no segundo do seu "oi". E preciso estar vivo, e te deixar bem, pra gente seguir em frente e superar isso tudo, pra ser feliz de novo.

De todas essas luas (foram 755 delas) não houve uma em que eu tenha deixado de te amar. Mas deixei de me amar em muitas, pra poder amar a gente. Preciso aprender a parar com isso, pra não machucar mais ninguém e não me machucar.

Fica bem, a gente vai voltar a ser feliz.

Um comentário:

  1. Solidão é lava
    Que cobre tudo
    Amargura em minha boca
    Sorri seus dentes de chumbo

    Solidão, palavra
    Cavada no coração
    Resignado e mudo
    No compasso da desilusão

    Desilusão, desilusão
    Danço eu, dança você
    Na dança da solidão

    Quando vem a madrugada
    Meu pensamento vagueia
    Corro os dedos na viola
    Contemplando a lua cheia

    Apesar de tudo existe
    Uma fonte de água pura
    Quem beber daquela água
    Não terá mais amargura

    ResponderExcluir